28 outubro 2009

Alegria e Tristeza



"Considero a vida humana como uma noite profunda e triste, que não se suportaria se, num ponto ou noutro, não rutilassem repentinos clarões de uma luminosidade tão consoladora e maravilhosa que seus segundos podem apagar e justificar anos de escuridão."

Na primeira fase do dias diários muito usei  esta frase do Hermann Hesse. Nesta frase ele claramente diz que a vida é triste, e por vezes aparece a felicidade que é o bastante pra esquecer toda a tristeza passada.

Não deixei exposta esta mensagem no blog por que: por mais que pareça verdade, não vejo que está seja a visão de todos.

Sentimos, sim, muita tristeza em nossa vida. Na visão psicológica: não existe felicidade constante, nem uma tristeza constante e sim um equilíbrio. Uma pessoa feliz, na verdade tem poucos momentos tristes e muitos momentos felizes. Do mesmo modo que: uma pessoa triste tem na verdade poucos momentos felizes. Exatamente: São os momentos que irão definir se somos tristes ou felizes.

Podemos sim questionar o por que da tristeza, mas se a tristeza não existisse nunca saberíamos o que realmente é  felicidade. Como muitas vezes já disse neste blog: A tristeza reforça a nossa armadura emocional, para enfrentar a longa batalha da vida.

Voltando a frase de Hermann Hesse: Uma pessoa que tem muitos momentos felizes, não irá concordar com o ponto de vista do poeta escritor. Talvez formulasse a frase inversamente dizendo que a vida é feliz e existe momentos em que a tristeza vem e logo vai embora. Eis aqui, mais uma relatividade  na filosofia sobre o sentimento: Tudo depende do ângulo em que se olha.

Mas não adianta filosofar maneiras para não ficarmos tristes. É um fato natural necessário da vida. Entretanto, existe maneiras de não tornar tudo uma Tristeza. Basta rever a definição pessoal de: O que é um problema grave? O que é também relativo. Bom, não vou prolongar muito o assunto, apenas vou deixar um exemplo de problema:

Uma garota chega em casa e recebe um telefonema. É seu namorado terminando o namoro pelo telefone. Triste.

Agora, uma situação semelhante, mas com fins diferentes:

Uma garota chega em casa e recebe um telefonema . É alguém notificando que um ente muito querido da garota faleceu. Triste.

Ambos os problemas são grandes, na vista da garota. Mas analisando de fora podemos dizer qual tristeza preferimos. se o caso fosse escolher uma.

O que eu quero dizer é que toda vez que ficarmos tristes por algum motivo, seria benéfico que analisássemos por outros lados, para saber se realmente vale a pena entristecer-se tanto com algo que poderia ser pior.

Chega deste assunto.

3 comentários:

Laysha Vampira disse...

Tudo que falas, com certeza é muito reflexivel... adorei! ^^

Tem um selo pra ti em meu blog, passa lá.

Beijos da vampira Laysha.

ElviS disse...

Concerteza meu velho amigo, concordo contigo.
Todo problema relacionado a um mundo de um individuo é um grande problema, mesmo que para nos, os de fora, seja um problema minusculo. Ninguem pode saber, exatamente e com mesma enfaze a agreção que esse problema pode trazer e a tamanha tristeza que eles podem causar... Contudo, todo lado ruim tem um ponto de visão bom, tudo é um aprendizado e uma lição.
A felicidade se da, basicamente, na percepção do que se ve: " se voce se sentir mal por ser pobre, poderia lutar a vida inteira pela riqueza, mas no final, mesmo que a consiguise, terminaria com o peito compressado de tristeza..."
Grande abraço meu velho, esta excelente teu blog.

Maurício disse...

É notório que sempre poderemos imaginar uma situação pior, algo mais doloroso. Entretanto, devemos nos permitir sentir nossas emoções. Quem não sente, quem não chora, no final termina explodindo.

Não é porque o nosso problema é menor que o dos outros que não vamos senti-lo, dando a devida proporção e importância ao mesmo - claro. Afinal das contas, menosprezar nossas dores não irá mudar a situação do vizinho. Também não estou dizendo para superestimá-las, apenas sentir. :)

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