As vezes imagino como vai ser minha velhice, o final da minha vida. Não sei certamente quantas pessoas estarão comigo, nem sei se minha esposa no futuro também estará. Confesso que tenho medo do que virá, mas o final não me atormenta, pois será respondida a pergunta que mais me intriga, o que há além daqui. Mas o que quero falar não é sobre assuntos sobrenaturais, não mesmo.
Vendo hoje meu avô paterno, tão fraquinho e cansado, me fez refletir um pouco. De fato devemos aproveitar a nossa vida, obviamente com responsabilidade, respeitando o próximo e tentando ao máximo ser a melhor pessoa possível, para si e para com as pessoa. Mas há um momento em que acaba, como tudo na vida, e que tipo de legado vou deixar? Serei um grande músico, serei um grande psicólogo? Ou até mesmo no meio do caminho vou ser algo totalmente oposto, mas terei feito boas ações? Terei sido bom filho, bom irmão, bom amigo...? Serei lembrado por alguém como uma pessoa que fez a diferença? Serei uma pessoa feliz por ter tido uma vida feliz? Viverei feliz com uma esposa que eu ame e que me ama de mesma forma? Serei um bom marido? Serei um bom pai? Meus filhos sentirão orgulho de mim? Meus netos lembrarão de mim com carinho? Meus bisnetos conhecerão minha história?
Pensando tão a frente, da uma sensação de paz, e me mostra que posso mudar meu futuro, me mostra que posso ser feliz da maneira que eu quero e que nada pode me impedir. Não quero dizer que vou fazer tudo que é besteira, ir a festas adoidado me drogar... mas sim fazer a diferença, viver, não resmungar, não maltratar, não ser ruim. Me amar, amar, sonhar, concretizar sem medos. Ter minha família para sempre, ter meus amigos para sempre, não ter vergonha de dizer: amo todos vocês e sou sortudo por terem sido parte da minha vida e por fazer parte de suas. O destino é nós que fizemos, e Deus nos mostra como fazermos da melhor maneira. Se estamos tristes, não é ruim, é apenas um sinal de que estamos fazendo algo errado, e basta sermos sinceros com nós mesmos para concertar o erro. Não é fácil, e por isso vai desistir? Aceita a derrota?
Abraço a todos.
4 comentários:
Oi Regis
Bela reflexão. Sinceramente , não me preocupo muito com a velhice, acredito estar fazendo o melhor possível, claro que tenho muito ainda que aprender e crescer como ser humano, mas isso é um processo eterno.
Vivo a vida , procurando não magoar as pessoas, nem sempre consigo, mas tento.
Bjux
Li quase um mês depois, mas tenho a dizer que adorei o post e o clima de positivismo!
Eu costumava me preocupar muito com a velhice, mas prefiro acreditar que podemos ser tão eternos quanto toda mudança que provocarmos nesse mundo. Todas as ações planejadas, todos os pensamentos registrados, todas as palavras impressas tem o poder de "aprisionar" a singularidade de cada momento, eternizando-o. Se não somos lembrados, pode-se dizer que de fato chegamos a existir? Acho que não, rs.
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