08 fevereiro 2011

Diferentes visões no consultório de oftalmologia.

Hoje em uma visita ao oftalmologista, tive uma conversa muito inteligente e duradoura com o medico. Um senhor aparentando uns setenta anos, dotado de uma grande inteligência e simpatia, diferente de outros médicos que já consultei. Este homem indagou questões que aparentemente não teriam relacionamento com os olhos, cito: felicidade,vida e morte, ética medica e psicologia. A conversa se estendeu por quase uma hora.

Felicidade: Tudo que as pessoas fazem é pensando simplesmente em ser feliz, sendo as vezes subconscientemente. Nossas profissões, nossos momentos de lazer, pretendemos sermos felizes em tudo que fizemos. Obviamente a conquista da tão desejada felicidade é a soma de vários fatores, incluindo relacionamentos sociais e amorosos, uma estabilidade financeira, momentos de lazer, entre outros incluindo particularmente um lado espiritual. Lembrando que a felicidade não é constante – como disse muitas vezes neste blog – e a tristeza é fundamental para a existência da felicidade sendo que sem nunca ficássemos tristes não saberíamos o que é felicidade, além disto a triste ajuda a valorizarmos o estado feliz. Mas continuando: a felicidade é o resultado da soma dos momentos felizes, ou seja, quanto mais momentos de felicidade tiver, mais obviamente a pessoa se sentirá feliz. O mesmo caso se usarmos este modo na tristeza. O detalhe da tristeza, é que ela é sempre mais valorizada que a felicidade, ATENÇÃO: valorizada é diferente de desejada, como é o caso da felicidade. As pessoas nunca muitas vezes deixam de lembrar que tiveram bons momentos por que estão passando por uma fase ruim, pode até se dizer que quando uma pessoa se sente triste da a impressão que ela passou toda a sua vida triste.

Vida e morte: A visão que tenho da morte é algo menos pior do que a doença, obviamente as mais graves. Mas a minha visão não é direcionada á pessoa que morre, pois além de ser uma parte natural da vida, ela não é mais um problema para a pessoa que deixou de viver, e sim acaba sendo um problema para os que ficam a viver. Vejam bem, não me entendam mal, a morte é triste, ficamos tristes, sofremos muito e a menos que você tenha psicopatia você vai sofrer muito pela morte de um ente querido. Mas o sofrer dos que vivem, falando de um modo direto e talvez um pouco grosso, é um ato de egoísmo nosso pois lamentamos que aquela pessoa não estará mais com a gente, não fará mais parte de nossas vidas, não falaremos mais com ela. Falo assim em modo cientifico, físico; funciona assim. Para a pessoa que faleceu (vejam bem, estou falando fisicamente) ela não esta sentindo nada, mas como eu disse: para os que vivem choramos por não termos mais aquela pessoa. Podemos dizer que pensamos em nós neste momento. Para quem tem lado espiritual, sabem que esta pessoa está em um lugar melhor. Em fim, nada do que eu disse muda o fato de que a morte de entes queridos é um dos maiores sofrimentos que pode existir, insuportável. Mas considero muito mais triste, uma pessoa que luta sofrendo constantemente em uma cama de hospital, batalhando para viver mais alguns dias de dor, com uma doença incurável. Entendem meu ponto de vista?

Bom, o post já esta muito extenso, então em um outro momento falo sobre os temas de ética médica e psicologia.
Em suma estas foi minhas conclusões sobre as questões indagadas pelo médico no consultório.

continua. 

2 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Regis
Médico diferente esse, ele me parece não cuida só da visão dos olhos, mas também da alma.
Bjux

Histórias de Raquel disse...

Nossa deveriam existir mais médicos assim!!! Em relação aos temas dicutidos vc teceu mt bem, concordo plenamente, valorizamos sim a tristeza e para felicidade acontecer é necessário que ela exista mesmo, quanto a morte é vdd eu já tinha pensado nisso a dor é p quem fica e ñ p quem vai!!! Parabéns pelo post, como sempre estar mt bom!!! Bjuxx

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